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Tirinha – Plágio?

Esse post poderia ser sobre “UP – altas aventuras”, mas como ainda não assisti, fica apenas a tirinha que criei. Apenas sei que irei assistir esse lindo filme da Pixar em um cinema 3D mais próximo de minha casa.

Há algum tempo atrás, quando o estúdio Pixar/Disney anunciava a estréia de “Vida de inseto” (que aliás é ótimo), o estúdio Dreamworks lançava “FormiguinhaZ”. Foi aquela guerra! Um dizia que tinham plagiado o seu roteiro, o outro dizia que tinham plagiado seu personagem… Mas no fim cada um abocanhou a sua fatia do bolo. Depois de alguns anos a mesma história aconteceu com “Procurando Nemo” e “O espanta tubarões”.

Plágio?
Plágio?

 

E com “UP – altas aventuras” ?

Plágio - Up
Plágio – Up

Tirinha sobre plágio do site Omelete

Acompanhei esses dias o caso do uso sem autorização dos textos do jornalista Marcelo Hessel, do site Omelete, por um jornal de Tocantins. Isso me lembra uma velha frase: Na vida, nada se cria, tudo se copia!

Isso acabou me dando uma idéia para essa tirinha. Além de Hessel, estão Marcelo Forlani e Érico Borgo, todos apresentadores do OmeleTV (clique para ver maior):

plágio Omelete
plágio Omelete

Para ser jornalista desse jeito, realmente não se precisa de um diploma. Necessita apenas de dois dedos para um “ctrl+c” e um “ctrl+v”.

It’s me, Mario!

Mario e Donkey Kong
Mario e Donkey Kong

Quando tento me lembrar da primeira vez que joguei vídeo-game, me vem na memória uma tarde na casa de meus padrinhos em frente a um console branco e vermelho e um personagem bigodudo de jardineira e chapéu, pulando na tela. Mesmo tendo gasto horas com River Raid e SeaQuest no Atari, e Interlagos (aquele que saia da pista e não voltava) no Odyssey. Nada se comparava a Super Mario Bros.!

Um dos personagens mais carismáticos e bem sucedidos do mundo dos games, Mario já apareceu em mais de 30 títulos, incluindo jogos estilo RPG, futebol, tênis, golf, kart e outras participações especiais.

Sua primeira aparição foi no arcade de Donkey Kong em 1981. E para variar, salvando a vida de uma donzela em perigo. (Já assistiu King of Kong , a luta do bem contra o mal?)

Pouca gente conhece seu primeiro título solo, Mario Bros., que era um jogo de plataforma e tinha apenas uma tela. Já em Super Mario Bros., o personagem ganhou fama mundial. Sequência de fases (incluindo atalhos entre elas), chefão final, metamorfoses, invencibilidade … nascia aí uma receita de sucesso para qualquer outro título posterior.

Mario, o mascote oficial da Nintendo, evoluiu junto com a empresa. Com o lançamento do Super Mario World, decidi que precisaria de um Super Nes. Com o lançamento do Super Mario 64, decidi que precisaria de um Nintendo 64. Neste último, Mario ganhava o espaço 3D pela primeira vez, gerando um mundo muito maior a ser explorado.

E como no mundo alternativo dos irmãos Mario não há espaço o suficiente em um planeta só, hoje no Wii temos o Super Mario Galaxy, com os gráficos mais bonitos deste console lançados até então.

E não é que neste ano teremos dose dupla de Super Mario? As surpresas da E3 para o Wii foram justamente Super Mario Galaxy 2 (Yoshi is back!) e New Super Mario Bros. Wii (plataforma old school, onde é possível termos 4 players na mesma tela!) Veja os trailers:

 

Vida longa aos gêmeos! … antes de finalizar, segue o que pode ser uma sequência de tiras:

3D no IMAX!

Domingão, aniversário da minha mãe, família toda reunida (inclusive LH, o sobrinho carioca)! Vamos almoçar juntos e depois, que tal um cineminha? … ou melhor… CINEMÃO!

Deep? Winslet? Naaa...
Deep? Winslet? Naaa…

O IMAX de São Paulo, que fica no Bourbon Shopping Pompéia, estreou com o … semi-filme Fundo do Mar 3D (40 minutos de duração). Apesar de ser quase um documentário em curta-metragem, não fica devendo em nada no quesito diversão. É inevitável tentar alcançar com as mãos os pequenos seres marinhos que voam à sua frente.

Os óculos 3D, que são quase do tamanho de máscaras de mergulho (para você entrar no clima subaquático?), e a tela gigante, que vai do chão ao teto da sala, nos transportam à imensidão azul do fundo do mar. E como é bom saber que a tecnologia evoluiu! Os plásticos azuis e vermelhos agora só servem para encapar livros escolares!

O preço é um pouco salgado, mas em tempos em que todo brasileiro é estudante, a meia-entrada até que é “digerível”. Outras opções para o desconto são: ser idoso ou ter conta corrente no Unibanco/Itaú. Nesse último caso, não se esqueça do cartão de conta corrente, que precisa estar em seu nome!

Chegamos às 14hs e precisamos esperar até às 19hs para conseguir um lugar nas cadeiras numeradas do cinema. Aliás, quem entende aquele mapa que simula a sala de cinema? Você nunca consegue sentar onde espera. Mas OK: se é tela gigante, não há erro se você escolher um lugar no fundo da sala (o detalhe é que a primeira fila fica encostada na tela!!!).

Mas devo dizer que essa sessão IMAX para mim irá ficar marcada para o resto de minha vida! Nem foi pelo tamanho monstruoso da tela, nem pelos efeitos 3D… e muito menos pelas 5 horas de espera. A família de coreanos marcou minha primeira sessão em IMAX! E que fique bem claro: eu acho esse preconceito entre os orientais uma idiotice, então não foi esse o motivo pelo qual achei conveniente deixar o acontecimento registrado. Pelo menos não do meu lado.

Tudo começou quando esperávamos pela nossa sessão. Depois de andarmos 4 horas pelo Bourbon, decidimos aguardar na praça de alimentação. E logo ali ao lado, era inevitável se notar os 4 meninos orientais e bem vestidos, que pulavam sobre o banco de uma das mesas. Estavam brincando com brindes de fast-food recém ganhos. Eram aviões, discos, armas… brinquedos que devem ser usados ao ar livre. Dava para se notar que eles não tinham sido informados sobre esse pequeno detalhe. Jogavam suas aero-tranqueiras sobre as outras pessoas que se alimentavam pacificamente naquela tarde de domingo. Todos ficavam visivelmente irritados com a situação… … … … menos os pais, que até entravam na brincadeira. Pela fonética de suas conversas, não eram brasileiros nem japoneses. E como fã de Lost, logo percebi que se tratavam de coreanos. Bem, a palavra “desculpe” eles não sabiam falar em nenhum dos idiomas.

Sun e Jin - Lost
Sun e Jin – Lost

Minha esposa logo comenta que em uma das lojas que entrou, avistou essa mesma quadrilha correndo com todas as fichas de entrada do provador, e uma funcionária da loja logo atrás em desespero. A mãe estava ali do lado, só sorrisos. Como sempre digo: Os filhos são os espelhos dos pais!

OK, chegou a hora de ir para a sala de cinema! IMAX lá vamos nós! Nos sentamos, colocamos nossos óculos e aguardamos ansiosamente para o filme começar. Faltam apenas 5 minutos! “Puxa, a sala está lotada e em nossa frente não sentará ninguém!” pensei. A alegria durou alguns segundos e logo sumiu: Quadrilha de coreanos à vista! Estão subindo (não aqui!), subindo (aí é o lugar de vocês!), subindo (OK, aí está ótimo!), e se sentam na fileira em nossa frente (Nãaaaaaaaaaaaaaaao!!!). Acho que até aqui não comentei que o coreano tinha uns 2 metros de altura. Pois bem, cabeção à vista!

O filme começa e como previ, as crianças não tinham paciência o suficiente para ficarem 1 minuto sentados em suas poltronas (ou os infelizes tinham hemorróidas). Apenas em algumas ocasiões, os 5 (sim, o pai era o grande exemplo) paravam e assistiam calados ao filme: as cenas de suspense. Comer uns aos outros é muito comum no mundo animal. Isso somado a uma música tensa ao fundo e alguns efeitos sonoros (no escuro e em tela gigante), pode assustar qualquer criancinha. Até mesmo aqueles monstrinhos. Eram nesses momentos que eu me divertia! Em um filme 3D tudo parece muito próximo… tão próximo quanto as cabeças em nossas frentes!!! Naquele dia me diverti muito vendo tubarões, moréias e peixes-lobo transformando aquela família arisca em isca de peixe (arisca, isca… rimou!).

A vingança às vezes é salgada como a água do mar! … Eu e minha imaginação!

E sabe o que é pior nesse ocorrido? Quem os viu deve ter xingado: JAPONESES filhos da Xuxa! Pobres nipônicos.

Análise da história: aqueles coreanos visivelmente não moravam no Brasil e estavam apenas à passeio. Será que na Coréia todos se comportam da mesma maneira? Ou simplesmente pensavam: “Que se dane os brasileiros desse terceiro mundo! Nunca mais irei voltar aqui mesmo!”. Pelo observado, fico com a segunda opção. Me lembrou muito o filme “O império do sol”, onde o pequeno Jim (Christian Batman Bale) destruía toda a casa, e os seus serviçais catavam os cacos resultados de sua arte. Infelizmente ainda somos vistos como um país-colônia.

Breve curso indesignação de como se identificar um:

Coreano: Na fonética se tem muito “Kâaaa…”, “kêeee…”, “kôooo…”, usam  muitas consoantes mudas.
Chinês: Na fonética se tem muito “yeeen…”, “yaaan…”, “yiiin…”, geralmente falam bem rápido.
Japonês: As sílabas com “A” sempre são abertas e com “O” fechadas, Falam muito “Néee” nos finais das frases.

Entenderam, né? : )

 

Cinema 3D
Cinema 3D

Pretinha e Nós

Em um belo dia em minha infância, muito antes da Pretinha, meu pai chegou com uma caixa de papelão no banco de trás do carro, e dentro dela estava Pici. Meio boxer e meio pastor alemão (ou canguru), Pici era um cachorro que não tinha nascido para ser domesticado. Talvez por ter sido nosso primeiro cachorro, tínhamos muito medo que ele pudesse nos fazer algum mal. Um dia ele pulou um muro de 2 metros de altura e fugiu de casa.

Depois dele veio Duke, o meio pastor belga. Mesmo sendo um cão bem atrapalhado, foi fiel até o último dia de sua vida defendendo a paz em nosso lar. Sua morte cruel e repentina foi um choque para todos. Chegar em casa e não ter aquele amigão para recepcioná-lo era de uma tristeza muito grande.

Não aguentamos a falta de Duke e algumas semanas após esse incidente, eu e minha esposa fomos para uma feira de cães (feira ao pé da letra, com barraquinhas e hora da Xepa) que fica no parque Villa Lobos, encontrar não um substituto mas um novo companheiro para a família. E como o Natal já estava próximo, decidimos que seria um ótimo presente para meu pai.

Caso não encontrasse o “presente” ideal, ver filhotes de cachorro sempre é um passeio de final de semana agradável. Tinha de tudo, beagles (muito inquietos), pastores, yorkshires (uma praga, todo lugar tem um), poodles (não, obrigado), boxers (não outro Pici), rotveilers (doberman 2 – ele está de volta), pitbulls (doberman 3 – armado e perigoso), labradores… Opa! Labradores são companheiros, bonitos, inteligentes, porte e tamanho bons. Poderia ser uma boa. O único problema é que aqueles que estavam na  feira eram muito magrinhos e desanimados, pobres animais. Bem, hoje não era o dia, vamos embora – pensei.

A caminho para nosso veículo, vimos uma moça com um labrador e dois filhotões dentro do porta-malas do carro. Eram dois labradores negros, lindos. Os dois últimos de uma ninhada de oito. Mas um desses ao nos ver, logo se levantou, abanou o rabo e nos lançou aquele olhar de cachorro abandonado. Amor à primeira vista. Era uma fêmea! Fomos então apresentados ao pai, um enorme labrador chocolate, cabeça grande, porte de caçador, pêlo brilhante e o mais importante: quieto e educado! Era o cachorro dos nossos sonhos. Da mãe, de quem os filhotes herdaram a cor, só vimos a foto (alguma semelhança com o livro Marley e Eu?). OK, vou dar mais uma pesquisada sobre a raça na internet e volto depois! Fui caminhando, minha esposa com uma enorme dor no coração deu um último carinho na cachorrinha e me acompanhou. Nisso, aquela bolinha preta e peluda salta do porta-malas, se espatifa no chão e a segue.  A dona desesperada, logo a agarrou e a colocou novamente junto ao pai.

Entramos no carro, minha esposa me olha e diz: Ela quer vir conosco! Vamos levá-la! E quem sou eu para enfrentar dois olhares de cão abandonado em um só dia? A bolinha pretinha foi para casa quietinha no colo de minha esposa. É como se finalmente tivesse encontrado a paz que a tanto tempo procurava. Quem disse que almas gêmeas não existem? Assim começou uma longa história de amor!

 

Pretinha e Nós

 

 

 

 

 

Difaculdade – parte 2

Primeira semana de faculdade. Todo mundo sabe que nesse período é que ocorrem os trotes. Antes de tudo, veteranos de Desenho Industrial não aplicam trotes. Sendo assim, sobra muito trabalho para a “galerinha” de publicidade.

E lá se foi minha franja. Sim, só a franja. Desde quando publicitários fazem o serviço completo? Geralmente têm um brainstorm, entregam os rascunhos às 18h da noite para o designer desenvolver e finalizar até o outro dia de manhã. … OK, posso estar exagerando… ou não…

Além de precisar ficar com a cara toda pintada com uma tinta que só sai com thinner, com o cabelo mal-cortado, você é obrigado a ganhar um trocado em um pedágio para os publicitários tomarem algum líquido com teor alcoólico elevado, para assim ter um brainstorm (era o caso daqueles veteranos). Com a minha lábia articulada, consegui ganhar um total de… R$1, 25. Mas isso não foi o que me marcou naquele dia. O semáforo fechou, vou correndo para o carro de uma senhora, que parecia ser gentil e pedi humildemente: – Tia, pode me ajudar com um trocado para o pedágio do trote? – Em que curso você entrou, meu filho? Retrucou a senhora. – Desenho Industrial! Respondi. – Desenho Industrial?????? Desenho Industrial???????? Se fosse engenharia, medicina ou direito  eu lhe dava um trocado. Mas Desenho Industrial, sinto muito! Abriu o semáforo, ela partiu e eu fiquei ali parado por um instante pensando no que aquela senhora totalmente desinformada tinha dito. Comecei bem!

Desenho Industrial é um curso para quem tem nervos de aço, não é para qualquer um. Noites sem dormir à base de café e guaraná, uso do horário de almoço do trabalho, finais de semana… tudo para finalizar aqueles trabalhos diários monstruosos. Materiais caríssimos: milhares de tipos de papéis, canetas nanquim, goivas, régua-T… Vida social? Apenas a turma da faculdade que se reunia para aquela pizza quando um professor faltava. Na realidade, isso tudo é apenas o começo. Depois que você “põe a mão na massa”, tudo dobra de tamanho!

Por isso, meu amigo, se você que quer cursar Desenho Industrial por que é “legal” ou porque a sala de aula só tem mulher (o que é uma mentira, pois na minha turma a maioria era homem), pense duas vezes.

Pedágio
Pedágio

Difaculdade – parte 1

Hoje olho para trás, e me pergunto: o que é que eu fiz?

Como recordar é viver, vou escrever um pouco sobre o que me trouxe até aqui. As batalhas, o drama, os danos…

Primeiro, como é que eu fui parar em um curso de desenho industrial?

Comecei a cursar desenho industrial na sombra da minha irmã que também o cursou 5 anos antes de mim. Eu a via sempre no meio de tintas, material de desenho, computador (o nosso primeiro PC, um 386), prancheta… e achava aquilo uma maravilha. Na época eu fazia colégio técnico com especialização em eletrônica ali no centro (quase 2 horas de ônibus).  E um dia, minha irmã me deu a idéia de fazer um curso de caricatura e cartoon no Senac, que ficava no meio do trajeto para minha casa. Foi um curso rápido mas tinha como professor um carinha chamado Fernando Carvall, grande cartunista que até então eu desconhecia. Ali eu tomei realmente gosto pelo desenho. Era como uma droga, o papel e lápis sempre estavam grudados em minhas mãos, e eu não conseguia largar. Todas as pessoas ao meu redor se transformavam em caricaturas. Mas segurei essa paixão e me mantive na eletrônica até o fim do curso.

No último ano de eletrônica, acordava (mal humorado) às 5h15 para garantir minha carona para o estágio que ficava do outro lado da cidade e que me garantia 1/2 salário mínimo. E todos os dias na hora de usar o vale-coxinha sempre pensava: Poxa, ao invés de ficar o dia todo levando choque, por que não me lambuzar de tinta e ficar no meio de material de desenho o dia todo? … bem, não pensava isso. Eu iria continuar a carreira e prestar vestibular para engenharia elétrica. Era o que os meus pais queriam que eu fizesse. Mais um engenheiro na família.

Como todo bom engenheiro sai da Poli ou da Unicamp, eu teria de ralar em um cursinho pré-vestibular durante mais um ano. Mas antes, vamos ver como é esse tal de vestibular: Você entra às 7 da manhã, senta em uma cadeira entre outras 40 pessoas, todas querendo pegar a sua vaga. E fica ali o dia todo queimando neurônios enfrentando um papel com letras em corpo -1, passando fome e se quiser ir ao banheiro tem que pedir permissão. É, não vou passar de primeira. Mas não custa tentar… custa sim, uns 50 dinheiros.

Aí ela, sim minha irmã novamente, me perguntou por que eu não experimentava fazer o vestibular de desenho industrial. Hum… OK, era só um teste mesmo. Eu não iria entrar logo de cara mesmo! … Entrei! Adeus engenharia!

Ah sim, fiz o vestibular para a Poli. Foi ali que ganhei meu primeiro barbeador junto com uma régua e um DanUp! E só.

Doce Vingança
Doce Vingança