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Difaculdade – parte 1

Hoje olho para trás, e me pergunto: o que é que eu fiz?

Como recordar é viver, vou escrever um pouco sobre o que me trouxe até aqui. As batalhas, o drama, os danos…

Primeiro, como é que eu fui parar em um curso de desenho industrial?

Comecei a cursar desenho industrial na sombra da minha irmã que também o cursou 5 anos antes de mim. Eu a via sempre no meio de tintas, material de desenho, computador (o nosso primeiro PC, um 386), prancheta… e achava aquilo uma maravilha. Na época eu fazia colégio técnico com especialização em eletrônica ali no centro (quase 2 horas de ônibus).  E um dia, minha irmã me deu a idéia de fazer um curso de caricatura e cartoon no Senac, que ficava no meio do trajeto para minha casa. Foi um curso rápido mas tinha como professor um carinha chamado Fernando Carvall, grande cartunista que até então eu desconhecia. Ali eu tomei realmente gosto pelo desenho. Era como uma droga, o papel e lápis sempre estavam grudados em minhas mãos, e eu não conseguia largar. Todas as pessoas ao meu redor se transformavam em caricaturas. Mas segurei essa paixão e me mantive na eletrônica até o fim do curso.

No último ano de eletrônica, acordava (mal humorado) às 5h15 para garantir minha carona para o estágio que ficava do outro lado da cidade e que me garantia 1/2 salário mínimo. E todos os dias na hora de usar o vale-coxinha sempre pensava: Poxa, ao invés de ficar o dia todo levando choque, por que não me lambuzar de tinta e ficar no meio de material de desenho o dia todo? … bem, não pensava isso. Eu iria continuar a carreira e prestar vestibular para engenharia elétrica. Era o que os meus pais queriam que eu fizesse. Mais um engenheiro na família.

Como todo bom engenheiro sai da Poli ou da Unicamp, eu teria de ralar em um cursinho pré-vestibular durante mais um ano. Mas antes, vamos ver como é esse tal de vestibular: Você entra às 7 da manhã, senta em uma cadeira entre outras 40 pessoas, todas querendo pegar a sua vaga. E fica ali o dia todo queimando neurônios enfrentando um papel com letras em corpo -1, passando fome e se quiser ir ao banheiro tem que pedir permissão. É, não vou passar de primeira. Mas não custa tentar… custa sim, uns 50 dinheiros.

Aí ela, sim minha irmã novamente, me perguntou por que eu não experimentava fazer o vestibular de desenho industrial. Hum… OK, era só um teste mesmo. Eu não iria entrar logo de cara mesmo! … Entrei! Adeus engenharia!

Ah sim, fiz o vestibular para a Poli. Foi ali que ganhei meu primeiro barbeador junto com uma régua e um DanUp! E só.

Doce Vingança
Doce Vingança

Waaaaall-eeeee

Quando saíram os primeiros trailers desse maravilhoso filme, eu já babava sobre o teclado. Você conseguia sentir que a Pixar estaria voltando às suas raízes, com histórias sobre sentimentos humanos!
Sentimentos humanos? Mas o filme não é sobre um robô? Sim, mas somente a Pixar consegue colocar tanta emoção em objetos inanimados (carros, brinquedos e abajures).

Agora o meu Top 5 dos filmes da Pixar fica assim:
1 – Toy Story (1 e 2)
2 – Wall-e
3 – Monstros S.A.
4 – Vida de Inseto
5 – Carros

Hãaaaa? “Os Incríveis” e “Ratatouille” fora dessa lista? Sim, e ficam atrás ainda de “Procurando Nemo”. Para mim esses dois filmes saíram um pouco da linha dos filmes anteriores. Têm personagens super complexos, trama bem enrolada e que dá voltas e voltas… Bom, seguinte: gosto é gosto!!!

Voltando ao Wall-e… O que mais me chamou a atenção nesse filme, não foram os personagens principais Wall-E e Eva, nem mesmo o visual realista dos CGIs e nem mesmo a direção de arte e fotografia que são fantásticos. Foram os seres humanos! ………..
Aham! talvez isso seja um spoiler! Então pule para o próximo tópico caso você não tenha assistido o filme!

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