Domingão, aniversário da minha mãe, família toda reunida (inclusive LH, o sobrinho carioca)! Vamos almoçar juntos e depois, que tal um cineminha? … ou melhor… CINEMÃO!
O IMAX de São Paulo, que fica no Bourbon Shopping Pompéia, estreou com o … semi-filme Fundo do Mar 3D (40 minutos de duração). Apesar de ser quase um documentário em curta-metragem, não fica devendo em nada no quesito diversão. É inevitável tentar alcançar com as mãos os pequenos seres marinhos que voam à sua frente.
Os óculos 3D, que são quase do tamanho de máscaras de mergulho (para você entrar no clima subaquático?), e a tela gigante, que vai do chão ao teto da sala, nos transportam à imensidão azul do fundo do mar. E como é bom saber que a tecnologia evoluiu! Os plásticos azuis e vermelhos agora só servem para encapar livros escolares!
O preço é um pouco salgado, mas em tempos em que todo brasileiro é estudante, a meia-entrada até que é “digerível”. Outras opções para o desconto são: ser idoso ou ter conta corrente no Unibanco/Itaú. Nesse último caso, não se esqueça do cartão de conta corrente, que precisa estar em seu nome!
Chegamos às 14hs e precisamos esperar até às 19hs para conseguir um lugar nas cadeiras numeradas do cinema. Aliás, quem entende aquele mapa que simula a sala de cinema? Você nunca consegue sentar onde espera. Mas OK: se é tela gigante, não há erro se você escolher um lugar no fundo da sala (o detalhe é que a primeira fila fica encostada na tela!!!).
Mas devo dizer que essa sessão IMAX para mim irá ficar marcada para o resto de minha vida! Nem foi pelo tamanho monstruoso da tela, nem pelos efeitos 3D… e muito menos pelas 5 horas de espera. A família de coreanos marcou minha primeira sessão em IMAX! E que fique bem claro: eu acho esse preconceito entre os orientais uma idiotice, então não foi esse o motivo pelo qual achei conveniente deixar o acontecimento registrado. Pelo menos não do meu lado.
Tudo começou quando esperávamos pela nossa sessão. Depois de andarmos 4 horas pelo Bourbon, decidimos aguardar na praça de alimentação. E logo ali ao lado, era inevitável se notar os 4 meninos orientais e bem vestidos, que pulavam sobre o banco de uma das mesas. Estavam brincando com brindes de fast-food recém ganhos. Eram aviões, discos, armas… brinquedos que devem ser usados ao ar livre. Dava para se notar que eles não tinham sido informados sobre esse pequeno detalhe. Jogavam suas aero-tranqueiras sobre as outras pessoas que se alimentavam pacificamente naquela tarde de domingo. Todos ficavam visivelmente irritados com a situação… … … … menos os pais, que até entravam na brincadeira. Pela fonética de suas conversas, não eram brasileiros nem japoneses. E como fã de Lost, logo percebi que se tratavam de coreanos. Bem, a palavra “desculpe” eles não sabiam falar em nenhum dos idiomas.
Minha esposa logo comenta que em uma das lojas que entrou, avistou essa mesma quadrilha correndo com todas as fichas de entrada do provador, e uma funcionária da loja logo atrás em desespero. A mãe estava ali do lado, só sorrisos. Como sempre digo: Os filhos são os espelhos dos pais!
OK, chegou a hora de ir para a sala de cinema! IMAX lá vamos nós! Nos sentamos, colocamos nossos óculos e aguardamos ansiosamente para o filme começar. Faltam apenas 5 minutos! “Puxa, a sala está lotada e em nossa frente não sentará ninguém!” pensei. A alegria durou alguns segundos e logo sumiu: Quadrilha de coreanos à vista! Estão subindo (não aqui!), subindo (aí é o lugar de vocês!), subindo (OK, aí está ótimo!), e se sentam na fileira em nossa frente (Nãaaaaaaaaaaaaaaao!!!). Acho que até aqui não comentei que o coreano tinha uns 2 metros de altura. Pois bem, cabeção à vista!
O filme começa e como previ, as crianças não tinham paciência o suficiente para ficarem 1 minuto sentados em suas poltronas (ou os infelizes tinham hemorróidas). Apenas em algumas ocasiões, os 5 (sim, o pai era o grande exemplo) paravam e assistiam calados ao filme: as cenas de suspense. Comer uns aos outros é muito comum no mundo animal. Isso somado a uma música tensa ao fundo e alguns efeitos sonoros (no escuro e em tela gigante), pode assustar qualquer criancinha. Até mesmo aqueles monstrinhos. Eram nesses momentos que eu me divertia! Em um filme 3D tudo parece muito próximo… tão próximo quanto as cabeças em nossas frentes!!! Naquele dia me diverti muito vendo tubarões, moréias e peixes-lobo transformando aquela família arisca em isca de peixe (arisca, isca… rimou!).
A vingança às vezes é salgada como a água do mar! … Eu e minha imaginação!
E sabe o que é pior nesse ocorrido? Quem os viu deve ter xingado: JAPONESES filhos da Xuxa! Pobres nipônicos.
Análise da história: aqueles coreanos visivelmente não moravam no Brasil e estavam apenas à passeio. Será que na Coréia todos se comportam da mesma maneira? Ou simplesmente pensavam: “Que se dane os brasileiros desse terceiro mundo! Nunca mais irei voltar aqui mesmo!”. Pelo observado, fico com a segunda opção. Me lembrou muito o filme “O império do sol”, onde o pequeno Jim (Christian Batman Bale) destruía toda a casa, e os seus serviçais catavam os cacos resultados de sua arte. Infelizmente ainda somos vistos como um país-colônia.
Breve curso indesignação de como se identificar um:
Coreano: Na fonética se tem muito “Kâaaa…”, “kêeee…”, “kôooo…”, usam muitas consoantes mudas.
Chinês: Na fonética se tem muito “yeeen…”, “yaaan…”, “yiiin…”, geralmente falam bem rápido.
Japonês: As sílabas com “A” sempre são abertas e com “O” fechadas, Falam muito “Néee” nos finais das frases.
Entenderam, né? : )
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